Maluco, basta eu,
não aceito concorrência
Estava tudo preparado em Jacarepaguá, no Hospital do Pinel dos doidos mais bacanas do Brasil, malucos pra caralho, os loucões da zona oeste. Como disse, estava tudo preparado. Rasputin, o líder da máfia dos malucos, deu a ordem, depois de organizar o quebra-quebra, a porrada e a pancadaria dentro e fora do Hospital. Era hoje ou nunca. Tinha que ser hoje. Então, Rasputin convocou Ted Boy Marino, Fantasma, Verdugo Caolha e Brucutu para comandarem com ele a “limpa” que eles iam dar nos doentes, médicos e funcionários deste Hospital Pinel bem como os enfermeiros. Marcaram para as 4 horas da tarde o quebra-quebra geral. O Tempo passava e deu meio-dia, e todos almoçavam preocupados quando seu Jorge, um maluco-cachaceiro implicou com Fantasma, que não aceitou a provocação do cara e partiu pra porrada soltando um palavrão atrás do outro. De repente, o almoço parou, e os doentes em coro pediam pro pau quebrar mais ainda dizendo e gritando: “Arrebenta ele, Fantasma. Tu é maluco ou não é ?” E seu Jorge devolvia socos e pontapés pro Fantasma, tirando sangue do companheiro. Verdugo e Rasputim se achegaram pra separar a briga e a porrada, mas viram que tava bom o negócio, e puseram lenha na fogueira, incrementaram mais ainda a pancadaria, e quando olharam para trás o refeitório tava todo na porrada, os malucos quebrando a cara uns dos outros. Pararam o almoço. Ninguém comia mais, e médicos do local e enfermeiros do hospital e demais funcionários se aproximaram para ver o que estava acontecendo já que a gritaria era enorme, a confusão era tanta e todos se complicaram arrebentando uns aos outros inclusive os doutores e médicos das enfermarias do Hospital. Sem mais nem menos o quebra-quebra era geral. E Ted Boy Marino acertou uma gravata em seu Roberto, que lhe devolveu uma tesoura voadora, e de lá longe veio Brucutu e de bicicleta arrebentou a cara de seu Jorge, que puto da vida quebrou-lhe o nariz, deu-lhe um cascudo na cabeça e o agrediu seriamente com chutes e pontapés. A porrada era geral. O Hospício era mesmo de malucos. E depois de meia-hora tava todo mundo fudido, quebrado, estourado e arrebentado de tanta porrada que rolou em tão pouco tempo. Conclusão: Rasputin e seus parceiros de hospício perceberam que a hora do quebra-quebra sem querer se adiantou, e conseguiram o que queriam: queimar e quebrar um por um como tinham previsto. Foi o dia mais feliz de Rasputim, Fantasma e Brucutu, porque quebrados, ficaram mais de um mês de cama, sem fazer nada, na boa vida, comendo, bebendo e dormindo como os garotões do Pinel. Houve festa no hospício. Porque todos tavam quebrados. E a gargalhada era geral. E foi uma injeção atrás da outra, remédios e medicamentos para acalmar os ânimos e pôr tudo em ordem novamente. Foi o dia mais feliz de Rasputim, Quebrado, ria pra caralho.
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